"Lendas com a letra G"

Garupeiro

 O rio da Prata é uma comunidade distante e o meio de transporte mais utilizado é o cavalo. Nesta localidade existem muitos paióis de roça, onde não reside ninguém, é aí que moram as almas penadas. Quando passa algum cavaleiro à noite, essas almas pegam carona na garupa do cavalo.



Gorjala

 Gorjala é uma fascinante história originária das regiões Norte e Nordeste do país. Gorjala é descrito como um gigante de pele escura, com um único olho vermelho e brilhante no meio da testa, e uma boca enorme cheia de dentes afiados. A origem do Gorjala é envolta em mistério. Alguns acreditam que ele seja um espírito ancestral que protege as florestas e as montanhas, enquanto outros pensam que ele seja a alma de um ex-escravo que foi morto por seu senhor. A palavra “Gorjala” não tem uma tradução direta em português, mas é frequentemente associada a um som gutural e misterioso que a criatura emite durante a noite. Existem várias histórias que cercam essa criatura imponente. Uma delas diz que Gorjala é um guardião das florestas e das montanhas, protegendo a natureza dos seres humanos, que são vistos como uma ameaça. Outra história o descreve como uma criatura cruel e sanguinária que ataca e devora qualquer pessoa que se atreva a invadir seus domínios. Gorjala é uma figura importante, uma criatura que simbolizando a força da natureza e a importância de respeitar o meio ambiente. Ele também é um tema popular na literatura, no cinema e na televisão, representando a rica cultura e as tradições do Brasil.



Guará

O Guará é uma história especialmente conhecida nas regiões do Pará e Maranhão. O termo “guará” em tupi significa vermelho, que é a cor do corpo dessa criatura mítica. O Guará é um ser aberrante que aterroriza os seringueiros da fronteira entre o Pará e o Maranhão. Este espécie híbrida de criptídeo brasileiro prefere atacar durante as tardes de verão, sendo raros os ataques noturnos. A figura do Guará é parte de um grupo de monstros que representa a rica diversidade de criaturas míticas que povoam as histórias tradicionais do país.



Guaraná

Havia um casal de indígenas da aldeia Maués que desejava muito ter um filho. Eles pediram ao deus Tupã que realizasse seu desejo, e Tupã, vendo a bondade do casal, atendeu ao pedido, presenteando-os com um menino bonito e saudável chamado Cauê. Cauê cresceu sendo amado por todos na tribo e possuía o dom de se comunicar com os animais e as plantas. No entanto, Jurupari, o deus da escuridão, invejava a felicidade do menino e decidiu acabar com sua vida. Transformando-se em uma serpente venenosa, Jurupari mordeu Cauê enquanto ele colhia frutos na floresta, levando-o à morte. A tristeza tomou conta da aldeia, e trovões ensurdecedores anunciaram a tragédia. A mãe de Cauê, em meio ao seu luto, recebeu uma mensagem de Tupã: ela deveria plantar os olhos do menino, e deles cresceria uma nova planta que daria frutos saborosos para dar energia às pessoas. Obedecendo a Tupã, os indígenas plantaram os olhos de Cauê, e no local nasceu o guaraná. O fruto do guaraná tem sementes negras com um arilo branco ao redor, lembrando olhos humanos, e é conhecido por suas propriedades energéticas.